RELIGIÃO E A CONTÍNUA MOBILIZAÇÃO DA EXTREMA-DIREITA (OBSERVATÓRIO DE RELIGIÃO E DIREITOS HUMANOS)

A despeito da derrota eleitoral de 2022, a extrema-direita brasileira tem demonstrado significativa capacidade de manter sua base mobilizada. Não é possível analisar esta resiliência sem levar em conta o papel da religião como um fator fundamental para a construção do arcabouço político-ideológico deste espectro no campo político. Esta foi, justamente, a trilha perseguida pelo relatório trimestral do Observatório de Religião e Direitos Humanos.

Duas perguntas orientaram a construção deste documento:

  • Como a religião contribui para a capacidade de mobilização da extrema-direita?
  • Quais desafios essas forças mobilizadas representam para a agenda de direitos humanos?

Por um lado, recorrendo ao populismo penal e a pautas morais, a extrema-direita religiosa tem buscado constituir-se como protagonista do debate público. Por outro lado, tem utilizado a polêmica como tática, frequentemente alcançando êxito ao pautar debates, restando aos grupos progressistas uma posição reativa.

O relatório aponta para um combo mínimo responsável por, a um só tempo, produzir coesão no âmbito da militância e também atrair a atenção para a sua agenda:

– políticas antigênero

– políticas de segurança pública

– políticas de educação

 Por fim, a investigação ressalta a importância de se considerar a confluência político-ideológica entre evangélicos e católicos. Uma relação na qual os católicos conservadores se veem (convenientemente?) ofuscados pelo perfil de atuação dos evangélicos – frequentemente mais performático e ruidoso.

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A pesar de la derrota electoral de 2022, la extrema derecha brasileña ha demostrado una capacidad significativa para mantener su base movilizada. No es posible analizar esta resiliencia sin tener en cuenta el papel de la religión como un factor fundamental para la construcción del marco político-ideológico de este espectro en el campo político. Este fue, precisamente, el camino seguido por el informe trimestral del Observatorio de Religión y Derechos Humanos.

Dos preguntas orientaron la construcción de este documento: 

  • ¿Cómo contribuye la religión a la capacidad de movilización de la extrema derecha? 
  • ¿Qué desafíos representan estas fuerzas movilizadas para la agenda de derechos humanos?

Por un lado, recurriendo al populismo penal y a agendas morales, la extrema derecha religiosa ha buscado constituirse como protagonista del debate público. Por otro lado, ha utilizado la polémica como táctica, frecuentemente logrando éxito al pautar debates, dejando a los grupos progresistas en una posición reactiva.

El informe señala un combo mínimo responsable de, al mismo tiempo, producir cohesión en el ámbito de la militancia y también atraer la atención hacia su agenda:

  • políticas antigénero
  • políticas de seguridad pública
  • políticas de educación

Por último, la investigación resalta la importancia de considerar la confluencia político-ideológica entre evangélicos y católicos. Una relación en la cual los católicos conservadores se ven (¿convenientemente?) eclipsados por el perfil de actuación de los evangélicos – frecuentemente más performativo y ruidoso.

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